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02
dezembro 2024
       

Gente boa de Taió

Taió de gente boa – O nosso Brasil é cheio de pessoas que possuem inúmeras histórias incríveis que merecem ser contadas.

Histórias ricas e de conteúdo ímpar que poderiam influenciar positivamente a vida de outras pessoas.  

Mas essas histórias não são contadas. E se são, tem poucos contadores para falar sobre essas maravilhas!

Aqui neste meu espaço virtual já contei algumas dessas histórias fantásticas. Algumas contei, principalmente, quando estive à frente do Programa radiofônico “Manhã da Globo”, da Rádio Globo.

Além de contá-las ao vivo no programa, elas também figuravam este blog.  Bem, hoje não estou mais no “Manhã da Globo”, mas isso não me impedirá de contar mais essa história…

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do Manhã da Globo

Onde raio fica Taió?

O nome de nossa personagem rela de hoje é Edite Fillagranna, a dona Edite tem 62 anos, é viúva e moradora do pequenino município catarinense, chamado Taió.

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mais sobre  Taió

Taió é um município que fica situado na região do Alto Vale do Itajaí, próximo a região das serras de Santa Catarina, Taió é uma cidade pacata e até, pode-se dizer, sem muitos problemas. Mas vocês sabem como é, há sempre alguém querendo achar chifres na cabeça de cavalo.

E por lá, também, não é diferente. Muitas pessoas, com sede de poder, querem “demonizar” um lugar que tem tudo para ser “santo”.   Entendam, não estou dizendo que lá é um paraíso, mas poderia ser…

A famosa Barragem Oeste

No entanto, o real problema desta região – cercada por montanhas – ocorre mesmo quando a chuva é intensa.

Lá está a famosa Barragem Oeste. É, meu amigo, se a chuva não der trégua, o povo sofre e enfrenta reais problemas com enchentes e inundações. Mas essa é uma outra história que, quem sabe, conto num outro dia .

Acredito que a senhora Fillagranna, nas suas mais de seis décadas de existência, já deva ter presenciado muitos desses momentos tristes para muitas famílias que vivem no município.

A dona Edite, contou-me um pouco de sua trajetória de vida nos “alpes verdejantes de Taió”. Muito simpática ela começou, “eu tinha um pouco mais de 12 anos, e já trabalhava plantando fumo para ajudar na renda familiar”, disse-me ela, com uma voz confiante e ao mesmo tempo saudosa.

Dona Edite gente de Taió

Taió, coração bom, gente boa
“Quando me casei, meu esposo e eu, a gente não tinta nada. Tínhamos sim, muita vontade de trabalhar e de viver feliz!

A senhora de 64 anos, lembrou que os tempos não eram fáceis, mas nem por isso os dias ser tornaram amargos, “àquele tempo, era um tempo de muitas dificuldades, nós não tínhamos muita coisa…

Mas, mesmo com dias árduos, tudo era muito gostoso”, lembrou-se com um sorriso no olhar.

Mesmo depois de casada, ela lembra que, as dificuldades não esmoreceram. Segundo dona Edite, nos primórdios do matrimônio, o casal passou por tribulações financeiras, todavia nunca deixaram de desfrutar o que a vida tem de melhor para oferecer.

“Quando me casei, meu esposo e eu, a gente não tinta nada. Tínhamos sim, muita vontade de trabalhar e de viver feliz! E isso foi o que fez a enorme diferença em nossas vidas.

Sabe, nós trabalhamos muito e muito mesmo. Porém, a gente não deixou de viver. A gente foi feliz até o ultimo dia de vida dele”, frisa.

Fracasso nos casamentos

Edite acredita que a infelicidade e o fracasso matrimonial está no foco em que os casais pautam o seu projeto de vida, “o grande problema é que as pessoas só se preocupam em trabalhar, trabalhar e trabalhar e se esquecem de viver para os filhos e para família.

A gente trabalhou muito, mas nunca deixamos de viver para a gente mesmo e para os nossos filhos.

Nós temos que trabalhar? É óbvio que sim, entretanto não podemos deixar que o trabalho tome conta de tudo e de todo o tempo da nossa vida. E, principalmente, não devemos permitir que ocupe o lugar de quem amamos”, afirma.

A aposentada garante que não ficou nada para trás, ela disse que viveria tudo novamente sem acrescentar, tirar, ou mudar nada.

“Não tenho arrependimentos, nem frustrações, nem nada, tudo o que passei e vivi, foi tudo muito bom.

Os tempos difíceis que vieram nos serviu de aio para moldar e fortalecer nossa família para os dias vindouros. A única coisa que me incomoda, nos dias de hoje, é a minha coluna”, disse aos risos.

Dona de um sorriso contagiante e de um carisma incomum, Edite Fillagranna, traz no coração a alegria traduzida em felicidade e a simplicidade que talvez, outras pessoas procurem a vida inteira, mas nunca vão encontrar, só por não saber por onde começar a procurar. 

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