Espinosa 89, Você não
Essa quinta-feira 27 de fevereiro de 2020, amanhece triste, mais cinzenta do que à própria quarta-feira de cinzas. Morreu Valdir Espinosa, técnico campeão invicto de 1989 com o Botafogo.
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Valdir Espinosa, eu fiquei tão feliz com o seu retorno ao Botafogo, tão feliz quanto em 1989, quando você me deu muita alegria e se tornou praticamente um membro da minha família, sem mesmo você saber.
Poxa, professor… Ta difícil produzir esse texto.
Eu estava animado, radiante com a sua volta, ainda mais exulto com as expectativas envolvendo o nosso Glorioso, afinal a Botafogo S/A está as portas!
Me empolguei com a nova cara que você, num pouco espaço de tempo de trabalho, deu ao novo e jovem time do Botafogo.
Desde os meus 11 anos, ou seja, desde 1989, sempre fui fã de seu trabalho “Vô” Espinosa. Com respeito, à partir de agora, vou mencioná-lo assim nesse artigo.
Todo torcedor do Botafogo, certamente, mantinha e vão sempre manter dentro do coração um enorme respeito por você, Vô Espinosa. A gente nunca vai esquecer o que o senhor fez por nós em 1989, com Maurício em cia.
Vô Espinosa, a gente estava há 21 anos na fila! Desde 1968, e o senhor entrou em cena, fez história e entrou também para história não só do clube, mas também do nosso coração.
E é por isso que está sendo tão difícil falar de você em tom de despedida…
Espinosa 89, você não…
Poxa, Deus, não quero questioná-lo sobre nada, sei que o Senhor conhece e sabe todas as coisas, mas com todo respeito, óh D`us soberano, será que realmente essa era a hora de chamá-lo para junto de Ti?
Bem, o Senhor é quem realmente sabe de todas as coisas… portanto, peço que conforte os corações dos familiares do Valdir Espinosa e conforte também querido D`us os nossos corações. Ajuda a gente a suportar essa tristeza.
A gente (os botafoguenses), estamos vivendo um momento tão feliz, negociações, transações com estrelas do futebol mundial, perspectivas de um bom ano Brasileiro deste ano e do nada recebemos essa triste notícia da morte do Vô Espinosa…
Somos uma constelação, milhares e miríades de estrelas que agora choram a perda dessa estrela especial. Em todo o País e porque não dizer em todo o mundo, pois em cada canto desse globo que o Senhor criou, há um torcedor do Botafogo. Há mais um membro desta sua enorme constelação que agora sente essa perda…
O fato é que, o homem que um dia me fez chorar de tanta alegria, hoje, parte o meu coração e me deixa com muita tristeza no olhar, ao saber que não mas o verei na tribuna de entrevista do Fogão…
Vô Espinos, parece que foi ontem, quando que ao lado do meu já saudoso paivô, vibrei com a conquista do Campeonato Carioca de 1989, de forma invicta, sobre o Flamengo.
Espinosa para mim nem a Conmebol de 93 e o Brasileiro de 1995 tem tanto valor quanto agregado quanto a esse título de 1989, que você nos deu.
Bem, mas como disse anteriormente, D`us sabe de todas as coisas. Não sabemos ao certo o que estava lhe causando dor, sofrimento no intimo do teu ser, mas D`us o sabe e de modo misericordioso, abrandou a sua dor.
Nós é quem somos egoístas, sim. Somos egoísta em querer sempre por perto as pessoas que amamos e que consideramos importante para nós. Muitas das vezes, nesse “egoísmo”, acabamos por não pensar no bem estar deste ser amado. “Será que estaria feliz se estivesse entre nós com tanta dor?”. É o que devemos nos perguntar.
Mas dito esse desabafo, Vô Espinosa, com o coração partido e estilhaçado em mil pedaços me despeço de você. Agradecido por toda felicidade que você me proporcionou, grato por tudo que fez e estava fazendo pelo meu Botafogo.
Descanse em paz, você um dia brilhou com uma estrela aqui na terra e agora, brilha como estrela ao lado de D`us no céu.
Deus conforte os seus familiares e toda a sua grande família de botafoguenses espalhados pelo mundo todo. Obrigado Espinosa…
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