Como surgiu, ou se originou a Páscoa? A Páscoa tem haver com coelhinhos, bombons e chocolates? O que você acha? Nesse conteúdo vamos entender como de fato começou a Páscoa, quando foi feita a primeira celebração e o porquê.
– Ouça o Podcast –
A primeira Páscoa ocorreu antes de Cristo
Quando a primeira Páscoa foi celebrada, Cristo Jesus ainda era sinônimo de promessa oriunda de uma profecia dita por Deus para salvar o homem, ou seja, mesmo antes de Cristo nascer e antes de ocorrer a reunião com os apóstolos que celebrou última ceia, já encontramos no livro de Êxodo a menção sobre a celebração da primeira Páscoa.
Na ocasião, o momento solene, celebrou o livramento da escravidão dos filhos de Israel das mãos severas do Egito. Segundo a história bíblica, os Hebreus foram cativos do julgo de Faraó, por aproximadamente 430 anos.
A libertação do povo, no entanto, veio pelas mãos de um Hebreu que foi criado como o filho da filha de um dos Faraós que governava a nação. Moisés, foi o homem que levou a liberdade aos israelitas. Tal carta de alforria, veio logo depois da execução das dez pragas que caíram sobre o povo egípcio. A Páscoa judaica, no entanto, se sucedeu horas antes da concretização do último flagelo.
A história relata que, “o anjo da morte”desceu e matou todos os primogênitos daquela terra. A praga só não alcançou as casas daqueles que haviam seguido as instruções de Moisés. O libertador orientou o povo a sacrificarem um cordeiro, cear e passar o sangue do animal nas umbreiras da porta, essa alegoria já uma menção ao sacrífico que Jesus faria pela humanidade, esse cordeiro simboliza a Cristo no futuro.
Após a morte dos primogênitos do Egito, o povo foi autorizado à partir. O Faraó deu ordens para que finalmente os cativos deixassem o cativeiro.
A Páscoa que foi realizada pelos Hebreus, além do consumo da carne do cordeiro, também houve o consumo de ervas amargas que acompanharam o cardápio. As ervas eram sinais e lembranças para que o povo nunca esquecesse dos tempos de servidão na terra dos egípcios.
A Páscoa Cristã
Já na liturgia cristã, a Páscoa celebra o Cristo ressurreto. Depois de padecer na cruz, no terceiro dia, ressuscita. Daí começa todo o contexto da Sexta – Feira Santa e toda simbologia que envolve a liturgia.
As atividades, que tentam reconstituir os episódios dos últimos momentos da vida de Jesus, começam a ser realizados na Quinta-feira Santa.
Neste dia em específico é feita a cerimônia de lava-pés. O ritual traz a remontagem dos eventos da última ceia realizada por Jesus, quando próprio Senhor, humildemente, lavou os pés de seus apóstolos.
A Sexta-Feira Santa, ou Sexta-Feira da Paixão, como também é conhecida, é o dia D, do começo do sofrimento de Cristo. Neste dia ele foi condenado, torturado, obrigado a carregar a cruz e morto no calvário.
Para os cristãos, principalmente católicos, esse é um dia de sacrifício, consternação pela morte de Jesus. Então, daí vem abnegação do consumo da carne vermelha na sexta-feira santa.
Explica-se que, na época, a carne era artigo de luxo, coisa muito rara na mesa dos mais pobres (parece que não houve muita mudança para os dias atuais, ao menos nesse sentido). Já o peixe por ser mais em conta, figurava com mais frequência no cardápio dos mais humildes.
Porém, ato de se comer peixe não significa adotar a simplicidade. O exemplo de Cristo, na última ceia e todo o seu sacrifício simboliza também uma penitência.
Para muitos religiosos adeptos da fé cristã, não basta apenas comer frutos do mar. Para eles, toda a refeição deve ser simples – sempre prevalecendo o cardápio peixe, – além disso, deve-se evitar quaisquer outros tipos de prazeres, vontades pessoais no dia. Na liturgia da Via Sacra é encenada os 14 momentos da Paixão de Cristo.
No Sábado de Aleluia, é momento de uma profunda reflexão sobre morte de Jesus. Já no terceiro dia, ou seja, no domingo, renovam-se as esperanças e celebrações com a ressurreição de Cristo com a promessa da remissão dos pecados e da vida eterna.
Países que não comemoram a Páscoa
Países onde a influência e predomínio cristãos são menores, a data é lembrada, mas não é dada mesma ênfase e notoriedade quanto as nações que adotam o princípio cristão.
Indonésia, Paquistão, Bangladesh, Turquia, Egito, Nigéria, Líbia, Irã, que são países islâmicos, dão maior importância aos ensinamentos de Maomé, profeta que teria vivido entre os anos 570 e 632 d.C, posteriores a Cristo.
Os muçulmanos até reconhecem a figura e a existência de Jesus o Cristo, não como o salvado do mundo, mas só como sendo um dos cinco grandes profetas que vieram anunciar a palavra de Deus ao homem. Por esse motivo, eles mantêm apenas uma relação de respeito, mas a data não é considerada sagrada para seu credo.
Clique aqui e se inscreva em nossos canais Veja o vídeo se preferir, obrigado!