Aluga-se: “Nós não vamo pagar nada!”, Assim dizia, o grande poeta da música popular brasileira, Raul Seixa.
É incrível como os mais antigos tinham uma visão perspicaz e profética dos acontecimentos futuros do Brasil.
A leitura escrita por “Raulzito e Cláudio Roberto Andrade de Azevedo em 1980, já demonstrava a entrega fácil das estatais para os gringos.
Aluga-se 90%:
Numa das estrofes da música, Raul canta:
“Dá lugar pros gringo entrar, esse imóvel tá pra alugar, os estrangeiros, eu sei que eles vão gostar.
Tem o Atlântico, tem vista pro mar, a Amazônia é o jardim do quintal e o dólar dele paga o nosso mingau”.
Sinalizando o claro descompromisso do governo em manter aquilo que é da nação.
Aluga-se: hoje, a história não muda muito.
As privatizações seguem acontecendo de modo acelerado, Rodovias Federais e Estaduais privatizadas, bancos, mineradoras e agora os Aeroportos.
No Paraná, Quatro aeroportos poderão ser privatizados, de acordo com o Ministério da Infraestrutura.
A previsão da pasta é a de que os leilões para concessão dos terminais ocorram em 2020.
Ainda em março deste ano, após o leilão dos três blocos de aeroportos do Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste,
o Governo Federal vai anunciar a próxima rodada de concessões, que terá o Afonso Pena como principal, segundo o ministério.
Outro dia, ouviu-se burburinhos de privatização no sistema de saúde. Como se não o bastasse, falaram também em privatizar a educação.
Crítico Ferronho
O mais crítico e ferrenho dos serviços prestados pelo poder público pode alegar: “Mas veja quando se privatiza, os serviços são de mais qualidades”, Concordo.
Levando-se em conta a alta carga tributária a que todos os dias milhões de brasileiros estão submetidos.
Se fossem realmente utilizados no dever de seus respectivos endereços, haveria motivos para privatizações?
No tocante a integridade e honestidade na condução e administração do dinheiro público,
não teria esse enorme País condições plenas de prestar um serviço de excelência em todos os setores para a população?
O grande problema do Brasil é a falta de interesse dos brasileiros e isso de um modo geral, em fazer funcionar bem e conservar aquilo que é seu.
Aí, vem o famoso ditado: “A grama do vizinho é sempre mais verde”.
Nessa da grama ser mais verde, crescem os olhos dos que tem o poder pelo “verde que paga o nosso mingau”.
Nessa onda, de forma sorrateira, sucateiam a infraestrutura pública que consequentemente passa a prestar um péssimo serviço.
Assim, erguem-se e abre as cortinas para o grande o leilão, com a desculpa de que, “não podemos dar conta, os gastos são altos”.
Entregam de bandeja “aos gringos”, o patrimônio nacional. E são elas as multinacionais, quem colhem os frutos e louros do que foi construído com a nossa verba tributária.
Além disso, todo esse trajeto pode ser o caminho de ouro para esquemas de corrupção, propina, caixa dois e todos os desvios necessários que se possa imaginar.
No fim das contas, após fazer e refazer todos cálculos e revisar as planilhas,
as estatais só não servem mesmo para o brasileiro.
Mas para os investidores estrangeiros, são uma forte fonte de lucros e arrecadação.
E como o profeta Raul Seixas disse numa outra canção, da mesma época, “Conversa pra boi dormir”.
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